Em Garça, o prefeito vem colecionando críticas de moradores e servidores municipais por criar secretarias, cargos de confiança e aumentar os salários do alto escalão. O caso já foi parar no Ministério Público.
As mudanças, segundo o prefeito Cornélio Marcondes, eram urgentes. Uma das propostas aumenta o número de secretarias municipais de 11 para 13. O prefeito anunciou também a contratação de 100 funcionários comissionados.
Além disso, os salários do vice-prefeito, chefe de gabinete e diretores de secretarias vão subir, em média, 20%. Só os vencimentos do chefe de gabinete passarão de R$ 2 mil para R$ 3 mil. E ele ainda terá o direito de receber o valor retroativo ao mês de janeiro. A notícia desagradou os servidores públicos. Segundo Marcos Gonçalves, representante do sindicato da categoria, o último reajuste da categoria não passou de 6%.
O projeto de lei foi enviado para a câmara num dia e votado no dia seguinte. Como o legislativo estava em recesso, não foi apreciado pelas Comissões de Constituição e Justiça e Orçamento e Finanças. Mesmo assim, acabou aprovado pelos vereadores por unanimidade.
A presidente da câmara, Patrícia Marangão, que não tem direito a voto, disse que é contrária à proposta.
O prefeito afirmou que o projeto foi discutido desde janeiro com o legislativo. De acordo com ele, a reestruturação não vai aumentar as despesas do município. A mudança passará a comprometer 42% do orçamento com pagamento de funcionários. Número bem abaixo dos 54% como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas para o Ministério Público, as medidas ferem a Constituição
